O AUTO DA COMPADECIDA: MEMÓRIA, IDENTIDADE E IMAGINÁRIO EM TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA

Autores

Palavras-chave:

tradução intersemiótica;, memória;, identidade;, imaginário;, Auto da Compadecida.

Resumo

O Auto da Compadecida, filme dirigido por Guel Arraes, em 2000, trata-se de uma tradução intersemiótica do texto dramático de Ariano Suassuna, produzido em 1955. O objetivo deste trabalho é discutir as articulações entre imaginário, memória e identidade no contexto da obra cinematográfica. Analisa-se, nesta proposta, a linguagem verbal, visual e sonora do filme, considerando suas conexões com as identidades e à memória, aspectos que nos remetem a complexas reflexões sobre instâncias expressivas, que se revelam como performances de uma cultura traduzidas em paisagens imaginárias. Metodologicamente, o texto fundamenta-se nos princípios dos estudos comparados de literatura, segundo os quais os textos artísticos, em permanente diálogo, são tratados em suas singularidades, não se considerando o texto de origem modelar ou paradigmático ao qual sua releitura se reportaria como fonte ou influência. Esta pesquisa bibliográfica, de matriz interdisciplinar, aporta-se na concepção de tradução intersemiótica de Julio Plaza. A abordagem da trilha sonora está embasada nos estudos de paisagem sonora de Murray Schaffer. Adota-se o método analítico para leitura crítica do material verbal, visual e sonoro, composto pela construção linguística, imagética e melódica, pelas técnicas de criação de imagens, pela instrumentação, pelo uso de efeitos de sonoridade e oralidade. Entre os resultados, destacamos a qualidade estética que se revela na forma híbrida como as linguagens se articulam de maneira a revelar o imaginário do sertão nordestino, como um lugar de memória cultural, a partir do qual se desnudam as identidades locais, regionais e nacionais.

 

Biografia do Autor

Maria Auxiliadora Fontana Baseio, Universidade de Santo amaro - UNISA

Universidade Santo Amaro e Faculdade Rudolf Steiner, São Paulo, SP,

Pós-doutora em Estudos Portugueses e Lusófonos no Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho, Portugal; Doutora em Letras – Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa - pela Universidade de São Paulo;Mestre em Letras  pela Universidade de São Paulo.Bacharel em Letras pelo Centro Universitário Ibero-Americano, com Licenciatura Plena em Português-Inglês e Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Líder do grupo de Pesquisa: Arte, Cultura e Imaginário, vinculado à Universidade Santo Amaro, e pesquisadora do grupo Produções Literárias e Culturais para Crianças e Jovens, vinculado à Universidade de São Paulo. Professora no Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e na Faculdade Rudolf Steiner (FRS- São Paulo).

Marcos Julio Sergl, Academia Brasil de Música, Rio de Janeiro, RJ

Pós-Doutor em Comunicações e Doutor em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.  

Lourdes Ana Pereira Silva, Pesquisadora da Rede Obitel Brasil, São Paulo, SP

Professora do Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas e do Curso de Comunicação da Universidade de Santo Amaro – UNISA, SP. Doutora em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.

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Publicado

2024-07-05

Como Citar

Baseio, M. A. F., Sergl, M. J., & Silva, L. A. P. (2024). O AUTO DA COMPADECIDA: MEMÓRIA, IDENTIDADE E IMAGINÁRIO EM TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA. Revista Brasileira De Literatura Comparada, 24(47), 124–138. Recuperado de https://rblc.com.br/index.php/rblc/article/view/689

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ARTIGOS

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