SILENCIAMENTOS E IMPASSES NA TRANSMISSÃO MEMORIAL: HAITI E BRASIL VISTOS PELOS OLHOS DE DUAS ESCRITORAS AFRO-AMERICANAS: EMMELIE PROPHÈTE E DJAMILA RIBEIRO
Palabras clave:
Trabalho de memória;, Literatura haitiana;, Literatura afro-brasileira;, Transmissão memorial;, Memória geracionalResumen
O artigo apresenta, através da análise dos romances Les villages de dieu (2021), Un ailleurs à soi (2018) e Le bout du monde est une fenêtre (2018) da escritora haitiana Emmelie Prophète, reconhecida como a grande voz feminina da literatura haitiana contemporânea, e Cartas para minha avó (2021) da escritora e filósofa brasileira Djamila Ribeiro, as relações entre ausências, solidões e apagamentos e o desejo de representificação, através da literatura, de stocks memoriais que ficaram à margem. A obra da teórica francesa Anne Muxel, Individu et mémoire familiale (1996), subjaz a nossa leitura que tenta iluminar a importância da memória genealógica no trabalho de reapropriação identitária. As obras das duas escritoras afro-americanas, buscam dar voz aos que foram subalternizados, reivindicando sua humanidade e rompendo as amarras de seus silenciamentos e de suas solidões.