ARQUIVOS E MEMÓRIAS DE ESCRITORES E DRAMATURGOS BAIANOS: EDIÇÃO, CRÍTICA FILOLÓGICA, GENÉTICA E SOCIOLÓGICA
Palavras-chave:
filologia;, acervos;, memória;, texto teatral;, críticasResumo
A filologia ocupa-se das práticas de edição e crítica de textos, buscando trazer, em novo circuito de leitura, as produções artístico-literárias e diferentes possibilidades de leitura e interpretação (crítica filológica). Neste artigo, pretende-se, a partir da massa documental que forma os acervos de escritores e dramaturgos baianos, relativa à produção dramatúrgica sob censura, no período da ditadura militar (1964-1985), dar destaque a algumas memórias lidas pelo pesquisador nos documentos que atestam a gênese do texto e/ou do espetáculo e as redes de sociabilidades do mesmo. Para tal fim, foram selecionados dois textos, levando-se em conta os gestos de produção e transmissão do texto teatral censurado, evidenciados no estudo do processo criativo (crítica genética) e das ações dos diferentes agentes sociais, escritores, atores, diretores, censores etc., envolvidos com a produção, circulação e recepção dos textos (crítica sociológica). No campo da filologia em diálogo com outros saberes, propõem-se edições e críticas em uma vertente editorial pragmática.