Sujeito e identidade cultural
Résumé
Quando, nos últimos anos, publica-se na França grande quantidade
de textos sobre a questão da alteridade nas Ciências Hmnanas (e cito,
particulannente, Nous et les autres, de T. Todorov, e Étrangers à nous-mimes,
de J. Kristeva) 1, percebe-se que algo de novo anda acontecendo para
além das fronteiras nacionais. A comemoração do bicentenário da Revolução
Francesa e a proximidade da efetiva unificação européia poderiam
explicar o ressurgimento de tais preocupações, sem mencionar a própria
situação da Europa (e da França, principalmente), onde á pluralidade racial
(e étnica) prolifera e atrapalha a "perfeita ordem" das cidades. Espaços,
portanto, em qUe o espírito colonizador ainda não desapareceu de todo,
repetindo-se, de forma diferente, na ámeaça existente pela invasão dos
"bárbaros". Os dois autores acima citados, estrangeiros em Paris, têm
razão e conhecimento para discorrer sobre a questão da alteridade' ao
tomarem como base a reflexão francesa sobre o assunto.