Jorge Amado e o Bildungsroman Proletário
Resumo
N o momento em que ainda se comemoram os oitenta anos de
Jorge Amado, gostaria de abordar não o romancista consagrado de
Gabriela, Dona Flor ou Quincas Berro D 'Água, objeto contínuo de
estudos tão consistentes quanto diversificados. O escritor apreciado
por milhões de leitores em todo o mundo ostenta em sua recepção
crítica um considerável acervo de pesquisas, teses e ensaios, porém
quase todos centrados nas obras da maturidade. Já os primeiros livros,
produzidos sob o impacto de importantes transformações históricas
no Brasil e no mundo, dão a impressão de estarem envoltos numa
certa cortina de silêncio por parte da crítica, talvez por exporem em
demasia o ardor militante que os atravessa.